terça-feira, 15 de junho de 2010

DIA 14 - FIEIRA DE PRIMIERO - PASSO ROLE

Hoje logo depois do café, partimos através da região da Valsugana e chegamos em Fiera di Primieiro, uma cidade que fica a 745 m do nível do mar. Segundo o censo de 2009, ela tem apenas 531 habitantes. É o centro administrativo, econômico e comercial do Val di Primiero. A sua arquitetura lembra as construções do Tirol. Sua construção data do século XV, onde havia um feudo da família Welsperg e fazia parte do Império Austríaco.
Segundo informações, é a menor "comune" em extensão territorial da Itália: 0,15km2.
Logo ao chegar, se depara com o campanário da igreja de Madonna dell'Assunta, em cujo interior há altares de madeira recobertos por folhas de ouro. É considerada a mais bela igreja gótica do Trento.
Ela tinha uma característica muito peculiar. A água do antigo batistério era corrente e vinha diretamente da montanha até ele; o curso passava por baixo da igreja e desembocava do lado de fora.




No mesmo centro histórico há um prédio antiqüíssimo, onde funciona um museu no qual estão expostos alguns exemplares de animais pré-históricos, entre eles a cabeça de um tigre que data de 5 milhões de anos. Existem inclusive animais marinhos como peixes , caracóis, porque onde está o vale, era mar.
Há também objetos utilizados na produção da seda, teares e também instrumentos para se trabalhar com a madeira, todos muito antigos.






Em um das salas há documentos de um habitante local,Luigi Negrelli (1799-1858), que tinha um pensamento: ninguém pode viver isolado e assim ele idealizou a construção de uma ferrovia para ligara Fieira de Primieiro a outras cidades e também à Alemanha e Áustria.
Luigi foi o idealizador do Canal de Suez, mas morreu antes de ver seu projeto concretizado e quem ganhou todas as honras por ele foi um seu companheiro de trabalho.
Visitamos também um sobrado, em cujo térreo construído de pedra, há uma autêntica casa de “nono”: uma sala com fogão, forno, mesa, cadeiras e alguns outros objetos; um quarto, com uma cama de casal, um berço e um tipo de aquecedor, parecendo um forno. E um tradicional penico embaixo da cama e em cima dela, algumas peças de roupa que eram o enxoval que a noiva levava quando casava.































O animal característico da cidade é a lontra. Há uma lenda que diz que quando aqui era mar, existia uma lontra que um dia descobriu um pequeno buraco numa das paredes da montanha. Ela foi cavando o buraco até encontrar o seu final. Toda a água do mar escorreu por aí, dando nascimento ao vale.
Na catedral , perto do altar mór, há um escudo com a figura de uma lontra


Tudo que aqui relatei foi contado por Elisa, uma simpática italiana que nos guiou nessa visita.


Ao lado da igreja, há uma antiga igreja com dois afrescos no seu exterior, sendo que um deles se destaca por ter em seu centro um crucifixo de madeira com Jesus.

Tomamos nosso lanche num parque que possue um jardim medicinal. Existem plantas para todas as partes do corpo e elas estão todas identificadas com o nome e para que servem.



Depois fomos a Passo Role, uma base no alto das dolomitas, a 2 mil metros de altura. O tempo estava fechado, choveu um pouco de granizo. Havia neve em alguns lugares.
Entramos numa aconchegante cafeteria para tomarmos uma bebida quente ( fazia frio) e depois todos foram para um lojinha de souvenirs, em cuja parede havia vários relógios cuco, um mais bonito do que o outro.


De lá voltamos para Trento e passamos por um parque que é um local onde vivem cervos selvagens.



No jantar foi servida carne desse animal , acompanhada de purê . Ontem comemos um nhoque muito diferente, com espinafre na massa e truta salmonada, muito comum por aqui. Estava tudo uma delícia. Ah!jantar sempre acompanhado de um bom vinho tinto trentino.
Amanhá tem mais.

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